The exhibition The anatomy of the spiral presents the incredible artworks of Camil Mihaescu an artist from Timisoara, Romania – the city elected to be the European Capital of Culture in 2023. This event starts the cultural presence of Romania in the capital of Brazil.
For this reason, as the Ambassador of Romania, I take bow to all my compatriots as a sign of gratitude for the quality of their art.
Tonight we offer you a tribute to the majesty and beauty of the Romanian spirit. For his talent, for his works, Camil proved that he is a true ambassador, not only of Romania but also of the United Europe.
Timisoara and Brasilia are cities separated by more than 12,000 kilometers but this distance was not an impediment to be here.
Today’s exhibition that we inaugurate is a reason for meeting and reunion, a tour of a spiral of culture of high refinement, representing an homage of the Romanian spirit. The exhibition The anatomy of the spiral is the best confession that art is the eternal universal language between people and culture and at the same time it opens doors in time and space between countries and peoples.
His excellency Ms. Monica Știrbu
Ambassador of Romania în the Federativ Republic of Brazil
O Museu de Arte de Brasília recebeu, desde sua fundação em 1985, algumas exposições de artistas estrangeiros. No entanto, esses artistas são, quase sempre, de origem norte-americana ou da Europa Ocidental, o que reforça os modelos culturais com os quais o país foi colonizado e vem sendo moldado de 1500 até os dias de hoje. A exposição das obras de Camil Mihaescu, artista romeno, vem proporcionar ao público brasiliense e aos turistas uma alternativa a esses paradigmas majoritários, demonstrando que há muito mais talento no mundo do que poderíamos pensar.
Apesar de investigar a forma da espiral a partir de suas manifestações naturais, o artista não parte da mera apreciação estética; mas, sim, de uma investigação dos significados simbólicos subjacentes a nossa admiração por essa formação geométrica. Não é por acaso que vemos algumas das primeiras manifestações de volutas no mundo grego clássico, por meio da Ordem Jônica da arquitetura. Já no século XX, vemos a persistência do encantamento pela espiral nas obras de Oscar Niemeyer, das quais a escada do Palácio do Itamaraty, em Brasília, é uma das mais famosas. Niemeyer, assim como Mihaescu, compreendia o potencial metafísico dessa forma helicoidal sobre a psiquê humana, a ponto de nos recordar que, “se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito”. Permitamos, portanto, que esses caracóis criem pontes entre a Romênia e o Brasil, entre os nossos olhos e a nossa mente.
Marcelo Gonczarowska Jorge
Gerente do Museu e Arte de Brasília e da Concha Acústica